Sintomas de depressão: 13 sinais que você precisa conhecer

Sintomas de depressão, você sabe reconhecê-los? Depressão ou transtorno depressivo maior é um transtorno de humor comum, porém grave. A depressão provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer.

O transtorno pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos, além de diminuir a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais no trabalho e em casa.

Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar, e devem estar presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja diagnosticado.

Depressão não é tristeza

A morte de um ente querido, a perda de um emprego ou o fim de um relacionamento são experiências difíceis para uma pessoa suportar. Assim, é normal que sentimentos de tristeza ou de luto se desenvolvam em resposta a tais situações. Desse modo, aqueles que experimentam perda, muitas vezes podem descrever-se como “deprimido”.

Contudo ficar triste não é o mesmo que ter depressão. O processo de luto é natural e único para cada indivíduo e compartilha alguns dos mesmos sinais de depressão. Ou seja, tanto o luto quanto a depressão podem envolver tristeza intensa e afastamento das atividades habituais.

Eles também são diferentes em aspectos importantes:

  • No luto, sentimentos dolorosos vêm em ondas, muitas vezes misturadas com lembranças positivas do falecido.
  • Na depressão maior, o humor e/ou interesse (prazer) diminuem durante a maior parte das duas semanas.
  • No luto, a autoestima é geralmente mantida. Na depressão maior, sentimentos de inutilidade e auto-aversão são comuns.

Para algumas pessoas, a morte de um ente querido pode causar depressão grave. Perder um emprego, ser vítima de uma agressão física ou de um grande desastre pode levar à depressão para algumas pessoas.

Quando o luto e a depressão coexistem, o luto é mais grave e dura mais do que o luto sem depressão. Apesar de alguma sobreposição entre tristeza e depressão, elas são diferentes. A distinção entre elas pode ajudar as pessoas a obter ajuda, apoio ou tratamento de que precisam.

Fatores de risco para o transtorno

A depressão pode afetar qualquer pessoa – até mesmo alguém que parece viver em circunstâncias relativamente ideais. Aquela ideia comum de que só terá o transtorno quem já é triste é equivocada.

Inclusive, muitas vezes pessoas que têm muito dinheiro ou sucesso se veem depressivas por não conseguirem desenhar objetivos para sua vida.

A adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos.

Vários fatores podem desempenhar um papel no surgimento do transtorno:

Bioquímica: Diferenças em certas substâncias químicas no cérebro podem contribuir para os sintomas.

Genética: Depressão pode ocorrer em famílias. Por exemplo, se um gêmeo idêntico tem depressão, o outro tem 70% de chance de ter a doença em algum momento da vida.

Personalidade: Pessoas com baixa autoestima, que são facilmente oprimidas pelo estresse, ou que são geralmente pessimistas, parecem mais propensas a sofrer de depressão.

Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, negligência, abuso ou pobreza pode tornar algumas pessoas mais vulneráveis à depressão.Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, negligência, abuso ou pobreza pode tornar algumas pessoas mais vulneráveis à depressão.

Além disso, existem ainda outros fatores que podem aumentar a chance de ter depressão:

  • Transtornos psiquiátricos correlatos;
  • Estresse e ansiedade crônicos;
  • Disfunções hormonais, problemas na tireóide;
  • Excesso de peso, sedentarismo e dieta desregrada;
  • Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas);
  • Hiperconexão e excesso de estímulos, como o uso excessivo de internet e redes sociais;
  • Traumas físicos ou psicológicos, experiências de violência doméstica ou abuso;
  • Separação conjugal, perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou a perda de uma pessoa muito querida;
  • Fibromialgia e outras dores crônicas;

A depressão, especialmente na meia-idade ou em adultos mais velhos, pode ocorrer em conjunto com outras doenças médicas graves, como diabetes, câncer, doenças cardíacas e doença de Parkinson. Estas condições são muitas vezes piores quando a depressão está presente.

Às vezes, medicamentos tomados para estas doenças físicas podem causar efeitos colaterais que contribuem para a depressão. Um médico experiente no tratamento destas doenças pode ajudar a elaborar a melhor estratégia de tratamento.

Dados sobre a depressão no Brasil

No Brasil, 5,8% da população sofre com a depressão. Ela afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros.

Ou seja, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.

Quais são os “tipos” de depressão?

Assim como outros transtornos, a depressão pode se manifestar de diferentes formas dependendo da pessoa, de seus hábitos e dos fatores de risco, que mencionamos acima.

É importante entender como cada um deles se apresenta para ter um conhecimento prévio a respeito do que pode ou não ser depressão. Veja abaixo quais são os tipos de depressão:

Transtorno depressivo persistente

Também chamado de distimia, é um humor deprimido que dura pelo menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves.

Porém os sintomas devem durar dois anos para ser considerado transtorno depressivo persistente.

Depressāo perinatal ou pós-parto

É muito mais grave do que o “baby blues” (sintomas relativamente baixos de depressão e ansiedade que normalmente desaparecem dentro de duas semanas após o parto). Cerca de 80% das mulheres experimentam a “baby blues” após a gestação.

As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande depressão durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-parto). Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão que acompanham a depressão perinatal podem dificultar que essas novas mães completem atividades de cuidados diários para si e / ou para seus bebês.

Depressão psicótica

Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de alguma forma de psicose, como ter falsas crenças fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver coisas que outras pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações).

Assim, trata-se de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral ao mesmo tempo. Os sintomas psicóticos normalmente têm um “tema” depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença.

Transtorno afetivo sazonal

É caracterizado pelo início de um quadro de tristeza prolongada durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural.

A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor.

Normalmente é acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.

Transtorno afetivo bipolar

É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém com transtorno bipolar vivencia episódios de humores extremamente baixos que atendem aos critérios de depressão maior (chamado “depressão bipolar”).

Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados altamente elevados – eufóricos ou irritáveis – chamados de “mania” ou uma forma menos grave chamada “hipomania”.

Assim, exemplos de outros tipos de distúrbios depressivos recentemente adicionados à classificação diagnóstica do DSM-5 incluem distúrbios disruptivos de humor (diagnosticados em crianças e adolescentes) e distúrbio disfórico pré-menstrual.

13 Sintomas de depressão

  1. Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
  2. Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo
  3. Irritabilidade
  4. Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
  5. Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
  6. Diminuição da energia ou fadiga
  7. Mover ou falar mais devagar
  8. Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
  9. Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões
  10. Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
  11. Apetite e / ou alterações de peso
  12. Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio
  13. Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.